(Espanhol) Este último livro se chama “Paisagem Terrestre”. É parte também da estratégia que planejei quando tinha 17 anos. Naquela idade, criei um plano de vida. Sou a última filha dentre 11 irmãos. A única que foi à universidade, que durante seis anos levava duas horas para ir a Lima e duas horas para voltar para casa—para estudar Direito em San Marcos, uma carreira que eu não gostei desde o primeiro dia [risos]. Mas me dei conta que qualquer carreira que estudasse ia dar no mesmo. O que eu queria fazer era ler, conhecer gente; queria conhecer o Peru. Em San Marcos, eu o conheci. Então, aos 17 anos planejei uma série de tarefas e nunca deixei este plano de lado. Isso também faz parte da minha formação como filha de japoneses: ter persistência. Paciência não tenho, mas tenho persistência.
Doris Moromisato Miasato (1962) nasceu em Chambala, na zona agrícola de Lima, no Peru. Ela é formada em Direito e Ciências Políticas na Universidade Nacional Mayor de San Marcos.
Ela publicou as coletâneas de poemas Morada Onde a Lua Perdeu Sua Palidez (1988), Chambala Era um Caminho (1999), Diário da Mulher “Ponja” [“Japonês / Pessoa do Leste Asiático”] (2004), Paisagem Terrestre (2007), assim como também o livro de crônicas Okinawa. Um Século no Peru (2006). Seus poemas, contos, ensaios e crônicas estão incluídos em diversas antologias e foram traduzidos em vários idiomas.
É ecologista, feminista e budista. Em 2006, a Prefeitura de Okinawa a nomeou Embaixadora de Boa Vontade. Desde 2005, como Diretora Cultural da Câmara Peruana do Livro, tem como cargo a organização de feiras de livros. (26 de fevereiro de 2008)