As diferenças entre as mulheres japonesas que emigraram do Japão e as que não (Japonês)
(Japonês) Nessa época (entre os anos 70 e 80), eu fiz uma reportagem a pedido do Asahi Shimbum, escrevi várias impressões que eu tive ao entrevistar as pessoas. E naquele momento eu escrevi que os Isseis eram pessoas que no Japão eram conhecidas como “mulheres que fazem o que querem”, quer dizer mulheres independentes. Eu escrevi que eram pessoas assim. E aí, recebi uma carta de uma pessoa especialista em Economia que me dizia “O seu pensamento está desprovido de conhecimento”. “Não está explicada a situação econômica difícil que viviam os japoneses naquela época para esclarecer a necessidade que as pessoas tinham de imigrar”. E eu respondi que sim, reconheço o meu erro. Eu sei que a situação econômica não era fácil, mas numa situação dessas, qual a diferença entre as pessoas que imigraram e as pessoas que não? Então, realmente eram mulheres independentes. Mulheres que pensaram sozinhas, escolheram esse caminho e decidiram ter filhos neste país.
Localização Geográfica: Califórnia, Estados Unidos
Entrevistado: Ann Kaneko
País: Watase Media Arts Center, Japanese American National Museum
Entrevistados
Masako Iino se formou em estudos americanos em Tsuda College. Após a formatura, ela viajou para o exterior para estudar na Universidade de Syracuse através de uma bolsa fornecida pela instituição Fulbright. Em Syracuse, ela continuou a estudar sobre a história Americana. Ao notar a grande diversidade étnica e cultural dos Estados Unidos, a Sra. Iino deduziu que uma parte significativa da história americana foi consequência da imigração ao país – o que a levou a aprofundar seus estudos sobre este assunto. Foi daí que ela passou a intensificar sua pesquisa sobre a história da imigração japonesa para os Estados Unidos. Naquela época passou-se a dar maior prioridade aos estudos de cunho histórico-social do que aos de cunho histórico-político. Como resultado, as pesquisas da Sra. Iino foram amplamente incentivadas pelo seu supervisor
Quando a Sra. Iino retornou ao Japão, ela deu aulas sobre imigração e história americana na sua “alma mater”, e continuou a pesquisar a história dos nipo-americanos. Durante as décadas de 80 e 90, ela voltou aos Estados Unidos onde entrevistou vários issei e nisei na Califórnia. Mais tarde, ela expandiu sua área de pesquisa para incluir os Nikkei canadenses, comparando assim as histórias e os processos de integração dos Nikkei no Canadá e nos Estados Unidos.
Atualmente, a Sra. Iino ensina como os Nikkei se conectam com o Japão de acordo com dados da LARA (Agência Licensiada de Assistência para a Ásia). Suas mais importantes publicações recentes são “ Mou hitotsu no nichibei kankei-shi: Funso to kyocho no naka no Nikkei Amerikajin (História de uma Outra Relação Japão-E.U.A.: Nipo-Americanos em Conflito e Coordenação)” (Yuhikaku, 2000), “Hikisakareta chuseishin (Lealdade Despedaçada)” (Minerva Shobo, 1994) (co-editor), e “Nikkei Canadajin no rekishi (História dos Nipo-Canadenses)” (University of Tokyo Press, 1997), o qual ganhou o Prêmio do Primeiro Ministro do Canadá para uma Obra Literária. Atualmente, ela continua com seus estudos acadêmicos e a servir como presidente da Universidade Tsuda. (6 de outrubro de 2006)