(Inglês) Bem, acho que a ação de classe da NCJAR [North Central Jersey Association of REALTORS] foi boa porque, eu acho, fez os nisseis acreditarem que era possível fazer alguma coisa por lei, por meio do legislativo, quer dizer, por meio do sistema judicial. E mesmo que não ganhassem, eles ainda obtiveram recursos, sabe, eles foram capazes de obter recursos. E então, quando isso chegou à Suprema Corte, acho que foi algo como validar o sentimento deles, de que eles tinham algumas boas razões para pedir reparação. Que não era apenas um processo insignificante, que as pessoas estavam apenas pedindo dinheiro, mas que elas realmente tinham sofrido e que realmente mereciam obtê-lo.
Sue Kunitomi Embrey nasceu em 1923 em Los Angeles, na Califórnia. Ela cresceu no bairro de Little Tokyo antes da Segunda Guerra Mundial. Aos 19 anos, ela foi encarcerada em Manzanar com outras pessoas de descendência japonesa. Lá, ela trabalhou como editora no jornal do campo de internamento, The Manzanar Free Press (“A Imprensa Livre de Manzanar”). Depois da guerra, Embrey passou alguns anos no Meio-Oeste americano antes de retornar à Califórnia em 1948, onde se casou e iniciou sua carreira como professora de escola.
Em 1969, Embrey ajudou a organizar a primeira Peregrinação à Manzanar e pouco mais tarde foi co-fundadora do Comitê Manzanar, o qual deu origem ao movimento para designar Manzanar como um Marco Histórico do Estado da Califórnia e, posteriormente, um Marco Histórico Nacional.
No começo, Embrey foi uma das poucoas pessoas a romper o silêncio da geração nisei com respeito aos campos de internamento. Ao invés de esquecer o passado, Embrey optou pela educação, inicialmente compartilhando suas experiências com os sanseis e yonseis, e mais tarde ao supervisionar a criação do centro interpretativo de Manzanar, aberto em 2004. Sue Embrey faleceu em 2006, aos 83 anos de idade. (15 de abril de 2008)