(Espanhol) Bom, no meu caso, por exemplo ... Na Argentina, mais do que qualquer coisa, os niseis vivem falando de identidade. “O que somos? Quem somos?” Se somos japoneses ou se somos argentinos. Geralmente ... Nós nikkeis sempre temos essa crise de identidade, geralmente na adolescência ou na juventude quando não sabemos muito bem para onde ir.
No meu caso—no meu caso, por sorte, eu morava numa comunidade argentina onde havia muitos japoneses também, e na qual os argentinos aceitavam os japoneses. Não senti diferença ou essa discriminação que talvez outros tenham sentido.
Mas eu sei que outras pessoas da minha geração passaram por esse tipo de coisa. Enquanto que algumas outras pessoas preferiram—elas foram para o Japão e se introsaram melhor no Japão do que na Argentina que é seu país de nascimento. No meu caso, eu me sinto muito bem na Argentina; sou mais argentina. No Japão, às vezes me sinto como uma estrangeira, mas também às vezes me sinto japonesa. Mas sei que sou argentina com sangue japonês e com um certo ... com um background [origem] japonês, não?
Localização Geográfica: Califórnia, Estados Unidos
Entrevistado: Ann Kaneko
País: Watase Media Arts Center, Japanese American National Museum
Entrevistados
Mónica Kogiso é uma nisei nascida em Escobar, na província de Buenos Aires, onde um segmento da comunidade japonesa se dedica à floricultura. Ela é licenciada em turismo e atualmente trabalha como coordenadora de mídia, turismo, e eventos relacionados ao Japão. No seu papel de transmissora e ponte entre as duas culturas, Kogiso é ex-presidente do Centro Nikkei Argentino, organização da comunidade japonesa em Buenos Aires e também é representante da Associação Panamericana Nikkei, da qual fazem parte as associações nikkeis das Américas. (23 de janeiro de 2007)