Falta de compreensão do termo cidadania no Japão (Inglês)
(Inglês) Os japoneses não conseguem entender o que significa cidadania. Mesmo se eu disser que sou nipo-americano, eles dizem: “Seus pais são japoneses. Você é japonês”. Eu acho que é porque as leis são diferentes. Se você tem cara de japonês, mesmo se você disser: “Pois é, eu sou americano”, a maioria dos japoneses – os japoneses típicos – eu acho que eles não fazem idéia do que é um nisei ou um cidadão americano estrangeiro. Porque no Japão existem muitos coreanos – niseis, sanseis – mas eles nunca, eu acho que por causa das leis, eles não querem ser conhecidos como nipo-coreanos. Os da segunda geração, ou da terceira geração, eles dizem: “[sou] coreano residente no Japão”. Ou seja, de uma certa forma, eu diria que não existe aquele conceito de cidadania como nos Estados Unidos – se você nasce nos E.UA., você é americano.
Nisei/Sansei de 67 anos, filho de pai issei e mãe kibei, ambos da província de Yamaguchi, Yukio Takeshita nasceu em 1935 em Tacoma, Washington, onde seus pais tinham uma lavanderia. Depois do ataque à Pearl Harbor, Yukio e seus pais foram encarcerados primeiro no Centro de Assembléia Pinedale, perto Fresno, e então, foram para o Centro de Recolocação de Tule Lake. Como seus pais eram no-nos, permaneceram no local que depois foi transformado no Centro de Segregação de Tule Lake.
Ao terminar a guerra, a família Takeshita deixou Tule Lake e foi para o Japão, onde Yukio frequentou uma escola pública japonesa. Formou-se em economia em 1958 e trabalhou para uma companhia em Hiroshima. Yukio mudou de companhia cinco vezes, que é uma situação incomum no Japão. Primeiro trabalhou no campo de impotação-exportação e frequentemente usava o inglês nos seus negócios. Aposentou-se em 1998.
Yukio e sua esposa têm dois filhos, ambos cidadãos japoneses. É membro do JACL (Liga dos Cidadãos Nippo-Americanos) no Japão, a liga é constituída de nikkeis de diferentes descendências e não apenas nippo-americanos. Yukio recebeu compensação dos Estados Unidos, o que o fez pensar que os Estados Unidos ainda o consideram “americano”, no entanto, ele se identifica como um “americano japonês”. (11 de setembro de 2005)