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Pai como prisioneiro de guerra no hospital (Inglês)

(Inglês) Minha mãe fez várias ligações para ver se ela poderia visitar seu marido e então ela começou a visitá-lo todos os dias. E como ele estava cada vez mais fraco, ela perguntou às autoridades se ele poderia ser levado para um hospital e que quando ele se sentisse melhor seria reenviado à prisão. Foi o que eles fizeram. Mas o hospital era o único hospital na área, o Hospital de San Pedro – todos os marujos feridos em Wake Island [cenário de batalha no Pacífico] estavam sendo enviados para lá. Eles todos eram colocados no mesmo salão, e estavam todos feridos, sabe? E o meu pai estava no mesmo aposento e a sua cama era a única que tinha um lençol em volta onde estava escrito “Prisioneiro de Guerra”. Quando a minha mãe foi visitá-lo e viu aquilo ela achou que os americanos, os americanos feridos na guerra, iam bater nele. Então ela implorou ao hospital para colocar o meu pai em um quarto só dele – explicando que ele nunca sairia vivo daquele salão com os americanos.

Uma vez, nós, os filhos, pudemos visitar nosso pai. Foi em 13 de janeiro. O meu irmão gêmeo voltou para casa; ele estava cursando a universidade de Berkeley. Ele imediatamente – parece tão estranho – ele imediatamente se alistou no exército. A gente achou aquilo estranho. Aqui estava meu pai, tido como um espião, sabe, eles acham que ele é um espião e ele está na prisão e meu irmão entra para o exército americano. Ele ficou todo orgulhoso quando recebeu seu uniforme e fomos visitar o meu pai no dia 13 de janeiro. Quando meu pai viu meu irmão com o uniforme, ele começou a tremer. Ele achou que era alguém que vinha interrogá-lo. Meu irmão disse: “Ah, eu sou seu filho”. O meu pai não acreditou. Quando a gente viu como ele ficou amedrontado, nós dissemos: “Olha, é melhor irmos embora porque o papai parece estar com muito medo”.


discriminação relações interpessoais racismo Exército dos Estados Unidos Segunda Guerra Mundial

Data: 16 de Junho de 2003

Localização Geográfica: Califórnia, Estados Unidos

Entrevistado: Karen Ishizuka, Akira Boch

País: Watase Media Arts Center, Japanese American National Museum.

Entrevistados

Yuri Kochiyama (nascida Mary Nakahara) nasceu no sul da Califórnia na comunidade de San Pedro em 1922. Era “provincial, religiosa, e apolítica” até o bombardeio do Japão, em 7 de Dezembro de 1941, contra a base naval dos EUA em Pearl Harbor no Havaí, que levou o governo a encarcerar todos os nippo-americanos em dois campo de concentração. Sua detenção em dois campos de concentração durante a guerra no segregado sul dos Estados Unidos, a fez perceber os paralelos entre o tratamento aos nikkeis e aos afro-americanos.

Depois da guerra, casou-se com Bill Kochiyama, veterano de um segregado batalhão de nippo-americanos que morava na cidade de Nova Iorque. Em 1960, a família Kochiyama se mudou para um alojamento de baixo custo no bairro afro-americano de Harlem. Seu envolvimento político no local mudou sua vida, especialmente depois do encontro com o nacionalista negro e revolucionário, Malcolm X, assassinado dois anos depois. Desde então, tem longa história como ativista pela liberação dos negros, a compensação aos nippo-americanos, a oposição a Guerra do Viatnã, a oposição ao imperialismo geral e o aprisionamento de pessoas que combatem a injustiça.

Ela morreu em 1 de junho de 2014, aos 93 anos de idade. (Junio de 2014)

George Ariyoshi
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Baile de formatura durante a guerra (Inglês)

(n. 1926) Político democrata e governador do Havaí por três mandatos

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George Ariyoshi
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A influência dos veteranos (Inglês)

(n. 1926) Político democrata e governador do Havaí por três mandatos

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Jean Hayashi Ariyoshi
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O dia em que Pearl Harbor foi bombardeada (Inglês)

Ex-primeira dama do Havaí

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Kazuo Funai
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Japão vs. Estados Unidos (Japonês)

(1900-2005) Empresário issei

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Kazuo Funai
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Companhia em Tóquio destruída (Japonês)

(1900-2005) Empresário issei

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James Hirabayashi
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Não trazendo vergonha para a família (Inglês)

(1926 - 2012) Estudioso e professor de antropologia, liderou a fundação de estudos étnicos como disciplina acadêmica

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James Hirabayashi
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A vida como adolescente no campo de concentração (Inglês)

(1926 - 2012) Estudioso e professor de antropologia, liderou a fundação de estudos étnicos como disciplina acadêmica

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James Hirabayashi
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Laços do passado à situação atual no Oriente Médio (Inglês)

(1926 - 2012) Estudioso e professor de antropologia, liderou a fundação de estudos étnicos como disciplina acadêmica

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Robert Katayama
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Sendo obrigado a manter um diário que mais tarde foi confiscado, aparentemente pelo FBI (Inglês)

Havaiano nissei que serviu na II Guerra Mundial com o 442º Time de Combate Regimental

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Barbara Kawakami
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O ataque a Pearl Harbor (Inglês)

Pesquisadora e estudiosa do vestuário dos imigrantes japoneses.

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Barbara Kawakami
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Ajudando soldados (Inglês)

Pesquisadora e estudiosa do vestuário dos imigrantes japoneses.

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Barbara Kawakami
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Irmão vai para a guerra, sobrevivente (Inglês)

Pesquisadora e estudiosa do vestuário dos imigrantes japoneses.

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Barbara Kawakami
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Discriminação contra os okinawas (Inglês)

Pesquisadora e estudiosa do vestuário dos imigrantes japoneses.

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Wakako Nakamura Yamauchi
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Sua experiência como estudante nippo-americana no Oceanside, California, depois do bombardeio a Pearl Harbor (Inglês)

(1924-2018) Artista e escritora teatral

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Wally Kaname Yonamine
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Como foi a experiência de seus pais com o preconceito japonês contra casamentos com Okinawanos (Inglês)

(n. 1925) Nissei descendente de Okinawas; teve uma carreira de 38 anos como jogador de baseball, técnico, batedor e administrador no Japão.

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